Segurança no Kitesurf – 1ª Parte
Kitesurf é um desporto radical mas seguro quando praticado em segurança. Segue algumas das nossas dicas para que possas te sentir mais seguro a praticar kite.
Kitesurf é um desporto radical mas seguro quando praticado em segurança. Segue algumas das nossas dicas para que possas te sentir mais seguro a praticar kite.
Desporto radical não é sinónimo de desporto perigoso.
Muitas pessoas que não conhecem o kitesurf têm uma ideia errada deste desporto. Isto pode gerar algum medo ou receio para experimentá-lo.
O Kitesurf é um desporto tão seguro como qualquer outro desporto radical, que envolve riscos mas que podem ser minimizados, ou quase nulos se seguirmos certas regras de segurança.
As perguntas que certamente muitos Kitesurfistas ouvem é: “Então mas não podes ir parar a Marrocos?” – “Isso é preciso muita força?” – “Isso puxa-te para cima e nunca mais desces?”
Vamos falar das principais regras de seguranças no Kitesurf. O que fazer, o que observar, e o que prevenir para que estes perigos sejam minimizados.
– Direcção do vento:
O vento ideal para a prática de kitesurf é aquele que sopra em direção a terra (on shore e side on) Por vezes, os ventos offshore (que sopram em direção ao mar) podem ser aliciantes para praticantes com alguma experiência, no entanto, pode haver uma falha de vento, equipamento ou algo incontrolável e acaba por se tornar muito perigoso, pois a direção do vento torna impossível o regresso a terra.
– Meteorologia:
Nuvens negras (cúmulo-nimbo); frentes de chuva, trovoada.
Não precisamos de ser nenhuns meteorologistas para detectar sinais de perigo, no entanto, convém termos conhecimento de alguns fenómenos meteorológicos. A passagem de frentes frias ou quentes fazem-se sempre acompanhar por nuvens de todos os tipos e, frequentemente, por precipitação. Nuvens como as cúmulo-nimbo podem tornar-se muito perigosas. São nuvens de tempestade, onde os fenómenos atmosféricos mais extremos têm lugar. Estas podem mudar de direcção a qualquer momento e trazer ventos muito fortes e incontroláveis, trovoada, granizo ou até tornados. Se algum fenómeno mais extremo se aproximar devemos sair da água e baixar o kite.
– Perigos e obstáculos em terra
– árvores, cabos de electricidade, construções, formações rochosas, montanhas, banhistas, outros kites…. Por ai fora.
Muitos destes obstáculos em terra podem influenciar a qualidade do vento, tornando-o mais rajado e inconstante, ou tornarem-se um perigo real, no caso de, não sabermos analisá-los é preferível ou manter uma distância de segurança razoável.
– Perigos na água
– diferenças das marés, barcos, correntes, rochas, animais, outros kites, entre outros.
As marés podem ser verdadeiramente imprevisíveis. Podemos entrar numa praia com um areal enorme, mas passado poucos minutos pode deixar de existir. Convém sempre estar atento a alterações bruscas de marés. Evitar obstáculos entrando na água sempre a downwind destes. Conhecer e ficar alerta de correntes pois estas podem influenciar a velocidade com que navegamos.
Não deixem de perguntar aos locais os perigos do lugar, o comportamento do vento e das marés ao longo do dia. Por vezes, eles podem deter informações muito importantes que não são visíveis logo no imediato.