Kitetrip Cumbuco – Brasil
Cumbuco é sem dúvida um dos locais a não perder para todos os kitesurfista. Fica a saber o que esperar das praias de Kitetrip Cumbuco – Brasil
Cumbuco é sem dúvida um dos locais a não perder para todos os kitesurfista. Fica a saber o que esperar das praias de Kitetrip Cumbuco – Brasil
Chegámos ao Brasil, vamos começar a nossa kite trip com destino a Cumbuco!
Sair do avião após 7 horas e meia, e sentir um calor húmido, mesmo já passando da 00:00.
Depois de passar pelo check-up do passaporte, fomos rumo em busca das nossas malas.
Sentir aquele nervoso miudinho enquanto vemos imensas malas e não encontramos a nossa, não é o melhor sentimento. Mas felizmente lá conseguimos descobrir todas. No meio de seis pessoas não houve nenhuma mala perdida o que não é nada mau, no entanto, percebemos que houve pessoas que não tiveram a mesma sorte, e o pânico, desespero, e raiva estava completamente estampada na cara deles. Só posso imaginar o que essas pessoas possam ter passado. Vir para um destino para fazer Kite e perder a bagagem com o material inteiro… Quem se responsabiliza? Onde estão as malas? Se não encontrarem as malas como é? É nesse momento que nos apercebemos que tivemos sorte, pois podíamos ter sido nós.
Saímos de Fortaleza, em direcção a Cumbuco onde ficava o nosso hotel (hotel vila galé Cumbuco).
Aconselho a que peçam com antecedência, para ficar num piso que não esteja ao nível do solo, para que possam meter o material na varanda sem preocupações de vos tirarem o material.
No entanto, numa visão geral nunca me senti insegura em relação ao material neste hotel. Quando vínhamos da praia, deixávamos os kites dentro do complexo e íamos comer, sem qualquer, stress de nos levarem as coisas, pois estavam sempre lá seguranças a vigiar as coisas.
Piscinas grandes e super quentes, um autêntico caldo!
Nada como depois de uma sessão de Kite tomar um duche mais fresquinho para tirar a areia, e ir directa para a piscina aquecida.
Da praia do hotel, conseguimos ver os dois pontos principais de Kite de Cumbuco. Em upwind tínhamos a cidade de Cumbuco, e a escassos 2 km conseguíamos ver os kites na lagoa do Cauipe.
O hotel está muito bem localizado nesse ponto de vista, pois rapidamente conseguimos chegar a esses dois pontos com o Kite, ou através de buggies que estão disponíveis na praia.
No que toca aos buggies, o melhor é tentar negociar o melhor preço, porque não existe um preço padrão, cada um diz o seu preço.
À saída do hotel, no lado da praia, estão sempre buggies para levar as pessoas para onde quiserem, aí é o melhor sítio para negociar uma viagem de ida e volta. O melhor que conseguimos foi 60 reais ida e volta.
Se só apanharem o buggie na lagoa do Cauipe, vai ser mais complicado, pois eles lá, já seguem regras de preços, de 80 reais só uma ida. Também só deixam ir 4 pessoas em cada buggie, por vezes levam 5, mas nem todos fazem isso, pois existe fiscalização na praia, segundo eles.
Se o motorista perguntar “com emoção?” e vocês responderem que sim, preparem-se pois ele vai “dar gás” e puxar pela nossa adrenalina no caminho pela praia.
No Brasil em Dezembro, o sol levantasse muito cedo. 5 horas da manhã e já é de dia, e está um calor infernal, e húmido, como se tivéssemos numa sala de banho turco. Facilmente acordamos cedo, e o que é que apetece a seguir ao pequeno-almoço? Outro banho, porque a sério… É mesmo muito calor, especialmente, para quem já estava habituada ao “calor” esquisito de Portugal, por estas alturas.
O nosso planeamento de férias era basicamente, acordar, tomar o pequeno-almoço, apanhar um buggie para a lagoa, voltar para vir almoçar, descansar um bocado, Kite no mar, piscina até o sol se pôr (tal como se levanta cedo, também se põe cedo, às 17:30, já se tinha ido embora) mais um banho, e descansar no quarto até à hora de jantar.
Na lagoa do Cauipe, conseguimos ter uma área grande de água completamente flat, e a uma temperatura muito quente. Um sonho para qualquer pessoa que goste de freestyle. O vento por norma é forte, e certinho.
Outra coisa fantástica é estar a andar, e passar por ti a Estefânia Rosa, super simpática com um sorriso contagiante, ou a Bruna Kajiya e a Dioneia Vieira. E isto é só os locais, fora a Paula Novotná, Alex Neto, Carlos Mário (bebé)… E muitos outros.
Poder parar e ver os prós a treinar, mandando grandes saltos, fazendo com que todas as manobras pareçam tão simples, e fazendo-nos sonhar e pensar que quem nos dera fazer 1/3 do que eles fazem, simplesmente delicioso de ver esse espectáculo.
Não temos pé em quase toda a lagoa, havendo apenas um pequeno ilhéu que temos de ter cuidado, ao passar por lá, para não sermos travadas na areia com os fins da prancha.
É um ambiente mágico, que vemos nos vídeos dos prós, com as barraquinhas com telhado de palmeira, onde podemos ficar a descansar e a ver os prós. E do outro lado, a zona verde onde podemos ver cavalos, vacas e burros a pastar junto da lagoa.
Uma experiência engraçada de se fazer, para quem já tem algum à vontade a fazer Kite, é fazer o downwind até à lagoa, ou através do hotel vila galé ou, até mesmo, através de Cumbuco.
Apanhámos o mar um bocado revoltado com ondas grandes e muito desordenadas, mas a partir do momento em que se consegue ir para fora da zona de rebentação, consegue-se fazer bem o Downwind sem stress.
Por vezes, passamos por algumas ondas grandes mesmo em alto mar, mas nada de preocupante, quando já só falta à volta de 0,5 km, começamos a ver zonas mais rochosas (tipo Recife), nessa altura tens mesmo de subir para alto mar, para que não haja perigo. Depois quando se vai a sair do mar em direcção à lagoa, também temos de ir com cuidado, pois também existem algumas rochas, que consoante a maré em que está, podem estar submersas mas fazerem estragos na mesma.
Algo que notei, e que achei muito estranho, é que parece estar sempre imenso vento, mas depois quando nos metemos no mar, sentimos que é um vento mole, e que não corresponde ao que pensamos. Os ventos quentes não são tão fortes como o nosso vento mais frio em Portugal. Apenas usei o meu Kite de 7m uma única vez. Andei sempre de 10m, ajustando apenas as afinações para ter mais ou menos power, e foi suficiente.
Cumbuco é uma aldeia pequena piscatória, e acaba por não ter muito para ver, apenas lojinhas com muitos biquinis, havaianas, e vários restaurantes e pousadas à beira da praia, com vista para o mar, onde estão sempre muitos kites no ar.
O mar aqui é muito soft, em comparação com a praia em frente do hotel, dá perfeitamente para fazer manobras não havendo tanta ondulação. O vento é, também ligeiramente mais fraco.
Um local a não perder é o “Açaí da Sara”, para quem não sabe o que é o açaí, é uma mistura feita através de um fruto, com o mesmo nome, onde depois se adicionam várias frutas da época a gosto.
Nós somos fãs incondicionais de açaí, e cá em Portugal, é raro encontrar, e quando encontramos é relativamente caro, por isso, um dos sítios obrigatórios teve de ser numa casa que fizesse um bom açaí para nos tirar a barriga da miséria.
Numa visão geral, quem quer fugir do inverno de Portugal e ir para um destino de Kitesurf, Cumbuco é sem dúvida uma excelente opção.
Nós ficamos com o desejo de lá voltar!