Como saber comprar um Kite em segunda mão
Estás a pensar com um kite em segunda mão e não saber por onde começar? Ao escolheres um kite usado precisas de estar atento a vários pontos de desgaste do kite
Estás a pensar com um kite em segunda mão e não saber por onde começar? Ao escolheres um kite usado precisas de estar atento a vários pontos de desgaste do kite
Quando vamos comprar o nosso material, existem sempre várias questões que se colocam na nossa cabeça.
Para quem ainda não conhece o mundo do Kite pode ser confuso, a escolha de um Kite.
Para se escolher uma kite em segunda mão, temos que ter em conta o ano e o estado do Kite.
Por vezes, aparecem kites que têm pouco tempo mas quando olhamos para eles vemos um desgaste grande, enquanto que outros, já com vários anos parecem imaculados, como se tivessem acabado de sair do saco de fábrica.
Pontos a ter em atenção quando escolhemos comprar um kite em segunda mão
Analisar o tecido, se tem remendos feitos, se tem poros abertos, qualidade do tecido se ainda se encontra “crispy” ou mais usado. Por vezes, o facto de já ter sido remendado não é sinónimo de o Kite não prestar. O remendo, desde que seja feito por um bom profissional, em nada compromete o bom funcionamento do Kite.
Um rasgo no Kite não é sinal de que o kite foi mal tratado, ou que caiu muitas vezes, mas pode ser consequência de um azar. O kite pode raspar em alguma concha, pau ou objecto cortante que esteja na praia, e com isso, é muito fácil acontecer um rasgo.
Pequenos poros abertos ou tecido mais gasto, pode ser um dos sinais de que o Kite fica montado a apanhar vento e areia. O vento forte, faz levantar a areia da praia, o que leva à formação desses pequenos furos e também faz o pano do kite ficar a abanar o que o desgasta bastante.
Analisa o tecido à volta do poro, se for apenas um poro pequeno e o restante tecido estiver em bom estado, basta colocares um patch no poro, e tudo fica como novo
Ter em atenção as roldanas e briddles do Kite, e verificar se estão em bom estado.
Aqui conseguimos ter uma noção do desgaste que o Kite teve. Pode-se dar o caso, do antigo dono ter mudado estes elementos.
Percorrer o bordo de ataque, para perceber qual a forma como o Kite tem sido arrumado. Se encontrares vincos muito marcados ao longo do bordo de ataque, pode significar que o Kite poderá estar fragilizado, pois ao dobrar o kite, vai haver sempre pontos de pressão que podem ir danificando o tecido do bordo ao longo dos anos.
Bordo de ataque com marcas visíveis de ter raspar em algo. Normalmente isto é o ponto mais alarmante num Kite, pois poderá significar que o bordo de ataque pode estar fragilizado, e à mínima queda pode, até mesmo, rebentar.
Todos estes pontos não são nada que um profissional não resolva, mas convém ficar atento, porque se formos somando todos estes pontos um kite em segunda mão pode “sair caro”.
Na barra temos que ver se não existem nós nas linhas e se elas se encontram em bom estado.
Uniões com o Kite. Ter em atenção, se não se encontram descarnados, pois este é um ponto de força e de segurança.
Não queremos que uma linha se parta.
No sistema de depower, temos de confirmar se funciona correctamente e se não está demasiado desgastado. Por vezes, em alguns sistemas antigos pode acontecer ficarem calcificados, o que normalmente obriga à substituição do mesmo.
No Chiken loop temos de ter em atenção se não está danificado ou quase em ponto de rotura. É o ponto que transmite toda a potência do kite para o arnês, partir é o último cenário que queremos.
O Donkey dick é um dos elementos que tem mais desgaste e é normal que se encontre partido ou dobrado, por causa da força que se faz ao colocá-lo. Se essa dobra, ou o facto de estar partido, não influenciar com a sua função, não há qualquer problema. É também um dos elementos mais fáceis de trocar numa barra.
O sistema de segurança convém activar para ver como se encontra. Procurar se não está nada rachado e se os parafusos não se encontram com ferrugem.
Com a segurança não se brinca! Nada como confirmar que se encontra tudo bem com estes elementos.
Barras que são bem cuidadas, é sinal de que foram sempre lavadas, com água potável, após cada utilização.
Kites de ondas normalmente são kites mais rápidos no que toca a virar, pois rodam mais dentro do seu eixo com maior rapidez. Se optares por um Kite desta natureza, toma atenção ao tecido do mesmo. O facto de ser usado para wave riding, pode já ter sofrido vários acidentes e ter ficado enrolado nas ondas, o que faz com que tenha sofrido alguma pressão na união do tecido (costuras), caso não tenham sido libertado todos os sistemas de segurança quando se encontrava na zona de rebentação de ondas.
Os Kites de Freestyle podem já ter sofrido com várias quedas dentro e fora de água, se a pessoa em questão, está ou não, a tentar evoluir e a treinar várias manobras.
Depois de confirmares todos estes pontos, se mesmo assim tiveres confiança que o kite está em bom estado, não te esqueças de o experimentar primeiro.
Sentir o feeling do kite, perceber se é um kite que tem bom power e se realmente é o kite mais adequado, não só ao nível em que te encontras, mas também para o estilo de kitesurf que queres fazer.